À Conversa sobre Educação para o Consumo

2020-10-03
 

José Vítor Pedroso, Diretor-Geral da Educação, deu as boas vindas aos 60 professores participantes, evidenciando a necessidade da Educação para a Cidadania, e a importância do Referencial de Educação para o Consumidor como ferramenta orientadora para os professores/formadores prepararem os jovens consumidores mais informados e conscientes face aos desafios do mundo.

Os direitos digitais, segundo Ana Catarina Fonseca, Diretora Geral da DGC, são claramente um dos temas mais atuais e cada vez mais a escola deve ajudar os mais novos a refletir sobre as oportunidades, mas também os riscos que agora os mercado digitais colocam, como seja a crescente proliferação de plataformas de Marketplace de compra e venda, pois nem sempre do “outro lado” existe uma empresa, mas sim um particular e os direitos dos consumidores, neste caso podem não estar acautelados.

A conversa foi conduzida por Pedro Anderson, Jornalista da SIC, que logo também destacou a falta de literacia financeira em Portugal e o papel fundamental que a escola pode desempenhar, potenciando o ensino como base da educação para o consumo. Lançou de imediato o repto: como é que se pode fazer a mudança de comportamento dos jovens para um consumo ambientalmente mais sustentável e financeiramente mais adequado?

Ana Filipa Claro Jurista da Direção-Geral do Consumidor considera que a literacia digital junto dos mais novos deve começar o mais cedo possível . A utilização crescente dos meios digitais por crianças mais pequeninas é prova dessa necessidade, sendo fundamental que se explicite que no digital há direitos de proteção do consumidor claramente diferentes das lojas.

Maria Carvalho, Jovem embaixadora da DECO para a Sustentabilidade, falou sobre as suas experiências na escola e como a escola contribui para ser mais crítica e atente às questões ambientais e de consumo. Na sua opinião seria importante que, nos tempos atuais, nas escolas se fizesse a análise do ciclo de vida na aquisição de produtos, e se avaliasse o real impacto ambiental desde a produção à utilização e fim de vida do produto. É essa análise que permitirá a adoção de um consumo efetivamente mais sustentável por parte dos mais novos.

Deste debate resultou a emergência da responsabilidade conjunta da escola, pais, jovens e sociedade na capacitação do consumidor para melhores escolhas e decisões amigas do ambiente, face a um mercado que promove a venda de produtos amigos do ambiente, embora na prática não o sejam.

Todos este temas e outros devem ser abordados pela escola, como foi destacado pela Ana Tapadinhas, Diretora-Geral da DECO, porque esta é o espaço privilegiado para que a Educação do Consumidor aconteça e relembrando que a DECOJovem, enquanto Programa de educação do consumidor na escolas está disponível para apoiar toda as escolas.

A sessão terminou com a nota de que a DGC, a DGE e a DECO continuarão a promover este tipo de sessões com enfoque em mais temáticas essenciais para a educação para o consumo.